segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A compreensão de ética em Santo Agostinho

No presente contexto, a ética tornou-se um tema privilegiado entre nós, em virtude de diversos acontecimentos, tanto no campo como no social. Porém, atualmente, um outro debate também chama a atenção para uma discussão sobre a conduta humana, ou seja, em sociedade pluralista como as atuais, onde há crentes convictos de sua fé e não-crentes laicizas para quem a religião é um obstáculo para felicidade racional das pessoas é comum que se encontrem pontos de dissenso a cerca de questões éticas. O presente trabalho não visa chegar a premissas conclusivas do debate sobre a ética entre crentes e não-crentes, que se pretendo é juntar-se a outros no sentido de contribuir na discussão e na reflexão critica. Deste modo, o objetivo principal deste trabalho é o de analisar em duas importantes obras de Santo Agostinho, “O Livre Arbítrio” e as “Confissões”, as questões por ele apresentadas. Segundo Altaner (1990.p,434), Agostinho foi o maior filósofo da época patristica, além do mais importante e influente teólogo da Igreja em geral. Deste modo, justifica-se o estudo no referido autor, pois Santo Agostinho escreveu em 388/395 e, na qual,Agostinho contraria a ideia dos maniqueus dos dois princípios, o princípios de Bem e do Mal, pois deste modo o homem não é livre nem responsável pelo mal que faz. Agostinho procura demonstrar que a nossa conduta, o poder de agir como queremos, é uma decisão soberana, um arbitro. Nesta obra a ética agostiniana caracteriza-se pela formulação de uma explicação de como pode existir o mal se tudo vem de Deus que é bom. Em seguida, na obra “Confissões”, escrita no ano 400, Agostinho esboça uma ética harmonizada com os preceitos morais cristãos. Entretanto, se para os gregos o homem bom é aquele que sabe e conhece, para Agostinho o homem bom é aquele que ama aquilo que deve amar.



RAMIRES, Luciano da Rosa; VASCONCELLOS, Manuel Luis Cardoso



Retirado de: http://www.ufpel.tche.br/cic/2007/cd/pdf/CH/CH_01266.pdf